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quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

SONETO A UM ANTIGO/NOVO SONHO

(Em decassílabo heróico)


Eu trago um sonho antigo, omnipresente,
Como um grito vermelho no meu peito
Erguido contra a voz, que nunca aceito,
De quem a torna infame ou prepotente!

Mais alto elevo o sonho transparente,
Mais longe o levo intacto e sem defeito,
E é com el` que partilho o duro leito
Que cabe a quem não sonha impunemente…

Razões? Há tantas mil pr`a tê-lo aceso
E tantas mais crescendo, a dar-lhes peso,
Se ousamos ver a crua realidade

De quem já descobriu, mesmo indefeso,
Que um sonho, se for livre, é morto ou preso
Tão só porque evocava a liberdade!




Maria João Brito de Sousa – 04.01.2014 – 18.16h