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quarta-feira, 25 de maio de 2011

MEU RIO... MEU IMENSO, INSUSTENTÁVEL RIO



Minha canção das margens inconstantes
Rasgando a pradaria dos sentidos,
Meu rio de águas revoltas, mas brilhantes,
A começar do nada, em tempos idos

Minha ribeira brava dos instantes
Que acrescentaste aos dias já vividos,
Das lonjuras, dos sonhos mais distantes
Que, à partida, me foram prometidos

Meu leito, derramando em terra ardente
O abraço da vontade que não morre
Do riso que descrê, mas não desiste,

Meu líquido poema omnipresente
Nas águas de um futuro que dele escorre
E à qual, embora querendo, não resiste…




Maria João Brito de Sousa – 24.05.2011 – 15.17h


IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

3 comentários:

Maria Luisa Adães disse...

Lindo, como sempre e sem ser necessário perguntas.

Tu sabes que eu escrevo o amor das mais variadas formas e se o sentir
escrevo o amor entre duas pessoas e é independente do amor cantado
por Florbela Espanca.

Para mim, Florbela é única. em sonetos de amor!

Eu não sou única, nunca serei, mas
escrevo o amor entre duas pessoas
e eu sou eu, numa época atormentada para os poetas.

Florbela é ela, numa época em que
todos procuravam e amavam a poesia.

Infeliz no amor,
Feliz com seus sonetos que deslumbram.

Mª. Luísa

Maria Luisa Adães disse...

Fiquei espantada, é o 1º. blogs do google em que consigo entrar.

Um abraço, mas isto do google e seus grandes problemas, não está
a agradar.
Já disseram que fizeram alterações,
mas não estão resolvidas.

Sempre a alterar e as pessoas ficam dias incomunicáveis.

Como entraste, não sei! Talvez vá por fases e a tua fase está terminada, mas a minha não está, desde ontem.

Repara no cimo dos 7degraus!

Mª. L.

Maria João Brito de Sousa disse...

Olá, amiga! Obrigada por me teres vindo comentar! Parece-me que estás mais por dentro do que eu faço do que eu própria! :)
Florbela foi única, tu és única... todos nós somos únicos, mas nenhum de nós deveria invejar a vida dela... deve ter sido tremendo, o sofrimento daquela mulher! Tremendo e continuado... só isso, para justificar a morte que ela mesma escolheu...
Um enorme abraço para ti, Maria Luísa!