Em verdade só sou quando me dou,
Assim que sol e mar fervem cá dentro
Transmutando-se em corpo e alimento
Do poema/animal que me habitou…
Palavras, coisas vivas que se comem,
São frutas que se oferecem se as
procuro
Numa fome perpétua que não curo
Enquanto outras palavras me não domem
Mas é por esta língua, a que pertenço,
Que sinto, que, por vezes, também
penso,
Que mordo, como tantos animais,
Sem medo do momento insano, intenso,
Em que abocanho um verso… e quase o
venço
Esquecendo a derrocada dos demais…
Maria João Brito de Sousa –
23.08.2012 – 19.19h
Maria João Brito de Sousa – 23.08.2012 – 19.19h
2 comentários:
Lindo teu poema
de uma sensibilidade extrema
e de um gosto de dizer
que ultrapassa os tempos, os modos,
a vida.
Parabéns, palavra banal para a tua índole de poeta.
Maria Luísa
Obrigada, Maria Luísa!
Um enorme abraço para ti, amiga!
Enviar um comentário