(Em decassílabo heróico)
Salteio, em fogo vivo, o cozinhado
Do aceso perpassar deste momento
E apuro, de seguida, em fogo lento
A zanga que me vai passando ao lado…
Provo um pedaço, tenro e suculento,
Do poema acutilante e mal passado
E sinto que me falta um bom bocado
Pr`a dar-vos garantias de sustento…
Quando um outro chegar, se então souber,
Talvez possa juntar-lhe outra qualquer
Condimento, em tempero ocasional,
Ou mesmo adicionar-lhe um verso ou dois
Dos tantos que me surgem só depois
De o servir na baixela de cristal...
Maria João Brito de Sousa -29.01.2012 - 17.56h
10 comentários:
Provei e gostei
Está de acordo com o meu paladar, embora o "Gourmet" tenha, quase sempre, o desenho de uma promessa.
Voltarei para a sobremesa ;)
Um beijo
Olá amiga, saboreei até ao último pedacinho. Delicioso. Beijos com carinho
Lídia,
houve mesmo sobremesa,rsrsrsrs
Não a trago aqui porque foi outra a cozinheira-doceira que a preparou...
Beijo!
O meu agradecido beijo, Rosa Branca!
Palavras manuseadas com mestria num ritmo afinadíssimo.
Um gosto lê-la!
Beijo :)
Obrigada, AC!
O meu abraço.
sabemos (com Fernando Pessoa) "que a dobrada - como o amor -nunca se serve fria..."
teu soneto está no ponto certo - se fosse doce diria "ponto de pérola" ...
gostei muito.
beijo
:) Obrigada, Heretico!
Abraço!
Minha querida
Um manjar dos Deuses este poema cozinhado com mãos de mestre.Lindo sempre.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
Um grato beijinho, desde o alto desta minha longa crise de hipertensão que não está a passar nem com a dose hospitalar de ontem, Sonhadora...
Venho aos blogs num acto de alguma imprudência... sei que deveria estar a descansar, mas... pronto, venho só deixar-vos beijinhos e fazer um "update" do meu estado mais deterioradozito...
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