(Soneto em verso eneassilábico)
Sei de um tempo em que as horas
sorriam
Transmutando os seus ramos caídos
Pelo peso das flores que nasciam
Das sementes dos cinco sentidos
No reflexo da cor que exibiam
E, ao torná-los em rifles floridos,
Nesse apelo que as flores emitiam,
Davam fruto entre os seres já nascidos…
Sei de um tempo que um dia acordou
De uma noite de medo e cantou
Como as aves que lavram caminhos
No mesmíssimo tempo em que “eu sou”
Neste pouco de Abril que sobrou
Da voragem de uns seres mais mesquinhos…
Maria João Brito de Sousa –
06.05.2013 – 11.24h
NOTA – Revoltemo-nos, porra!
10 comentários:
Neste pouco de Abril que sobrou
Da voragem de uns seres mais mesquinhos…
...há espaço para a revolta, que volta. Revoltemo-nos, porra!
Nunca tivemos tantas razões para o fazer!
Abraço, Rogério!
Na verdade
não basta ter razão
Bj
Não, desta vez não basta ter razão, Mar Arável.
Abraço!
junto a minha à tua voz. e à tua revolta.
sou desse tempo, porra!
Eheheheh... Heretico; velhotes mas orgulhosos de termos passado por ELA, a Revolução!
Abraço!
Esperemos que tenhamos força para defender Abril das forças que o querem esmagar!
Beijinhos, esperando que já esteja melhor de saúde, minha amiga.
Esperemos que sim, São! Nada está a ser fácil!
Abraço!
Esse tempo está a ficar cada vez mais distante e temo que a nossa geração já não o possa viver mais...
Mas grito contigo: Revoltemo-nos, pôrra...!!!
Mais um excelente soneto. És brilhante.
Bom domingo e boa semana, querida amiga Maria João.
Beijo.
Obrigada, Nilson. Sem dúvida a nossa geração está a viver tempos difíceis.
O meu abraço!
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