VISLUMBRES


View My Stats

segunda-feira, 26 de novembro de 2012

SONETO PARA UM SONHO QUE SONHEI - Em decassílabo quase heróico


Depois de uma janela, outra janela
Se abriu de par em par, nesse protesto…
Mil se abriram depois, fazendo o resto,
Assim que a voz do sonho ecoou nela!

Completo, nasce o sol, derruba a cela,
Infiltra-se-lhe a luz no duro asbesto
E, nessa convicção que ao sono empresto,
Traduz-se-me em vontade enchendo a tela…

Transmutada a janela em peito aberto,
Fosse essa luz descrita a voz roubada
À vivência de um tempo, insano, incerto,

Estaria essa vitória bem mais perto
E já se glosaria, em qualquer estrada,
Invicta, esta alegria em que eu desperto!




Maria João Brito de Sousa – 24.11.2012 – 09.39h











8 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Em tantos e tanto que me falta publicar, voltar a fazê-lo para um poema teu será escolha difícil, este fica marcado...

EXPEDITO GONÇALVES DIAS disse...

Que bom! Não era um pesadelo mas um lindo sonho luminoso e libertador!
Abraços!

Lídia Borges disse...


Felicito-a, de novo. Primeiro por este sonho sonhado, aqui, em voz alta.
Depois pela estética do poema. O soneto tem um formato de que gosto, mas ao qual nunca me adaptei.

Um abraço

Maria João Brito de Sousa disse...

Estive uma semana - ou mais - em franca produção, Rogério... nem sempre consigo ter este ritmo de escrita e publicação, sobretudo porque surge sempre uma coisita ou outra para agravar o quadro crónico degenerativo...

Obrigada pela escolha!

Maria João Brito de Sousa disse...

Raramente, muito raramente tenho um pesadelo, amigo Expedito... o último que me recordo de ter tido, foi há uns bons anos...
Um abraço e obrigada pelas suas palavras!

Maria João Brito de Sousa disse...

Grata pela visita que me proporciona a oportunidade de lhe dizer que também escrevo poesia em verso branco... não com a frequência com que produzo o soneto mas também a vou escrevendo, de quando em quando.
Amanhã conto trazer para aqui um desses poemas. Honestamente, acho-os um pouco duros... os meus poemas em verso branco, não o género!
Mas eu vou aí...

O Puma disse...

Admito que a partir de Janeiro

só falta um fósforo

Maria João Brito de Sousa disse...

Também eu, Puma, também eu...

Um abraço!