Depois de uma janela, outra janela
Se abriu de par em par, nesse
protesto…
Mil se abriram depois, fazendo o
resto,
Assim que a voz do sonho ecoou nela!
Completo, nasce o sol, derruba a
cela,
Infiltra-se-lhe a luz no duro asbesto
E, nessa convicção que ao sono
empresto,
Traduz-se-me em vontade enchendo a
tela…
Transmutada a janela em peito aberto,
Fosse essa luz descrita a voz roubada
À vivência de um tempo, insano,
incerto,
Estaria essa vitória bem mais perto
E já se glosaria, em qualquer estrada,
Invicta, esta alegria em que eu
desperto!
Maria João Brito de Sousa –
24.11.2012 – 09.39h
8 comentários:
Em tantos e tanto que me falta publicar, voltar a fazê-lo para um poema teu será escolha difícil, este fica marcado...
Que bom! Não era um pesadelo mas um lindo sonho luminoso e libertador!
Abraços!
Felicito-a, de novo. Primeiro por este sonho sonhado, aqui, em voz alta.
Depois pela estética do poema. O soneto tem um formato de que gosto, mas ao qual nunca me adaptei.
Um abraço
Estive uma semana - ou mais - em franca produção, Rogério... nem sempre consigo ter este ritmo de escrita e publicação, sobretudo porque surge sempre uma coisita ou outra para agravar o quadro crónico degenerativo...
Obrigada pela escolha!
Raramente, muito raramente tenho um pesadelo, amigo Expedito... o último que me recordo de ter tido, foi há uns bons anos...
Um abraço e obrigada pelas suas palavras!
Grata pela visita que me proporciona a oportunidade de lhe dizer que também escrevo poesia em verso branco... não com a frequência com que produzo o soneto mas também a vou escrevendo, de quando em quando.
Amanhã conto trazer para aqui um desses poemas. Honestamente, acho-os um pouco duros... os meus poemas em verso branco, não o género!
Mas eu vou aí...
Admito que a partir de Janeiro
só falta um fósforo
Também eu, Puma, também eu...
Um abraço!
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