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terça-feira, 18 de dezembro de 2012

SONETO À MINHA LOUCA, LOUCA INSPIRAÇÃO

Venho tarde e más horas porque venho
De um momento lunar que desconheces…
Sou o fio dessa teia em que te teces
Há mais do que a noção que tens de “antanho”…

Se firo, como febre ou corpo estranho,
Alheia a ser um mal de que padeces,
Desprezo o rumo ao tom das tuas preces
E confesso-te aqui quanto as desdenho!

Matéria, antimatéria… o que me importa
Se permaneço em ti, me quedo absorta
Pr` assombrar-te depois, sem mais razão,

E se, às vezes, me julgas quase morta,
Sem sequer te avisar, te arrombo a porta
Que usaste pr`a fechar-me o coração?



 Maria João Brito de Sousa – 18.12.2012 – 02.47h

2 comentários:

Lídia Borges disse...


Qual a inspiração que não se intimida perante tão enérgico poetar?

Um abraço

Maria João Brito de Sousa disse...

Eheheh... esta veio-me muito tarde... e o poetar saiu-me entre "rendido" a ela e zangado com ela...

Obrigada, Lídia. Um beijo!