Venho tarde e más horas porque venho
De um momento lunar que desconheces…
Sou o fio dessa teia em que te teces
Há mais do que a noção que tens de “antanho”…
Se firo, como febre ou corpo estranho,
Alheia a ser um mal de que padeces,
Desprezo o rumo ao tom das tuas preces
E confesso-te aqui quanto as desdenho!
Matéria, antimatéria… o que me importa
Se permaneço em ti, me quedo absorta
Pr` assombrar-te depois, sem mais razão,
E se, às vezes, me julgas quase morta,
Sem sequer te avisar, te arrombo a porta
Que usaste pr`a fechar-me o coração?
Maria João Brito de Sousa – 18.12.2012 – 02.47h
2 comentários:
Qual a inspiração que não se intimida perante tão enérgico poetar?
Um abraço
Eheheh... esta veio-me muito tarde... e o poetar saiu-me entre "rendido" a ela e zangado com ela...
Obrigada, Lídia. Um beijo!
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