(Em verso eneassilábico)
Ai, Soneto esquecido, que voltas,
Que te alheias das dores que me minam
Que te acendes nas loucas revoltas
Que nem deuses, nem mestres te ensinam,
Que enlaçado nas pontas mais soltas,
Desdobrado em gorjeios que trinam,
Enfrentaste, sem medo e sem escoltas,
Mil temores dos que em vão se aproximam!
Ai, Soneto que eu nunca esperei,
Que não sonho e nem sei bem se sei
Se me nasces do espanto das horas,
Mas dissolves, num mel que olvidei
Nos momentos da dor que calei,
Quanta dor se me exalta em demoras…
Maria João Brito de Sousa – 04.05.2013 – 16.26h
12 comentários:
Inesperado, mas belo ainda que na sua capa de inverno.
Beijo meu
Beijo grande, Lídia! Obrigada!
O meu estado físico está... péssimo... por isso este foi tâo inesperado, a seguir a uma complexa e demorada cirurgia dentária...
Inesperado e profundo!!
Desses que nos calam fundo.
Carinhoso dia das mães a ti e aos seus.
Um abraço cheio de delicadezas!!
Obrigada! Um abraço também para si, May Lu!
Belo
porque inesperado
e nos surpreende
Bjs
Foi inesperado até para mim, Mar Arável...
O meu abraço!
o gosto do mel é sedutor e persistente...
belíssimo.
beijo
Obrigada, Herético!
O meu abraço!
Conheço o poema, mas aqui me tens
preocupada contigo. Que se passa de grave?
Amanhã vou ao Estomatologista pelo dente que não se pode mexer, só em Setembro.Mas ele está mau...
Preciso de telefonar, não muito tempo, pois as cordas vocais precisam de descanso e se pensa que a medicação as afetou.
Não posso dizer poesia! A minha linda voz, parece que não vai voltar...me custa muito...
Tudo tão diferente do que escrevo
Tudo tão diferente...
Maria luísa
Amiga, pelos vistos temos mais uma pedrazinha em comum, nesta longa estrada que percorremos... as minhas cirurgias dentárias apenas se iniciaram no dia dois... muitas mais virão... e o resultado será sempre muito mau. Sei muitíssimo bem porque o digo e quais as razões que me levam a dizê-lo... que são muitíssimas.
Espero que tenhas, na tua ida e possível extracção, melhor sorte do que eu.
Abraço grande!
"Ai, Soneto esquecido..."
:))
Não foi exactamente esquecido, Rogério... mas não seria de esperar que o escrevesse. Não no período de saúde desfavorável em que me encontro.
No entanto, já nasceu mais outro, depois deste...
Abraço!
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