UMA PAPOILA NA SEARA
O tempo é das palavras que, nas asas,
Trazem o pó da terra, o pão, a flor…
Das palavras-operários que erguem
casas
E, à noite, já cansadas, são suor,
Que vêm do silêncio de águas rasas
De um tempo amordaçado pela dor,
Que arrancaram, de vez, suas mordaças
E se lançam num voo bem maior
O tempo é de mudança em maré alta
Da palavra que agora nos não falta,
Da força que nos trouxe acreditar,
Da espiga, já madura, a dar seu
fruto,
Por fim, da liberdade e do produto
Do que a nossa vontade irá moldar
Maria João Brito de Sousa –
03.08.2011 – 15.55h
Soneto prefácio dedicado ao terceiro
livro da poetisa alentejana Idalina Pata, O TEMPO DAS PALAVRAS
14 comentários:
E é mais um livro
a juntar a tantos
para ser lido
(se te tivesse conhecido há mais tempo, terias entrado no prefácio do meu livro)
Minha querida
passando para agradecer a sua visita carinhosa e volte sempre que possa.
Um poema muito belo...parabéns à autora.
Um beijinho com carinho
Sonhadora
como eu gosto de seara(s) nova(s). do grito das papoilas...
... e de azedas! rs
belos teus sonetos
beijos
Um livro duma poetisa alentejana com muito talento, Rogério :)
O prefácio ou soneto-prefácio, como entenderes, pode ficar para um próximo livro teu :)
Abraço grande!
Sonhadora, irei ainda hoje... mas gosto sempre de acrescentar que o farei se esta minha tonta ligação mo permitir!
Obrigada e um beijinho!
Heretico, estamos juntos nesse aspecto... e noutros :)
Obrigada e um beijinho!
Talvez um dia me aconteça conhecer a escrita de Idalina Prata.
O titulo do livro e o seu soneto, Maria João conduzem-me a uma seara boa de palavras.
Obrigada!
Maria João,
Permita-me que lhe deixe nota do meu agrado sobre o que escreve e que venho a ler já há algum tempo. Não lhe prometo regularidade de comentários, mas prometo-lhe atenta e sincera leitura sobre o que vier a comentar. Vou tomar a liberdade de a linkar num dos meus espaços (o de prosa) de onde, se tiver interesse, facilmente acederá ao outro, homónimo, mas estritamente de poesia, no sapo.
Bem-haja
Mel
São estas palavras de um tempo a despontar como flor que explode, cor e vida, em fundo negro, a contrastar.
Maravilhoso!
Lídia
A Idalina é uma alentejana cheia de talento e força de vontade, Maria João. Os livros dela são sempre declarações de amor ao seu Alentejo!
Um beijinho e obrigada!
Seja muito bem-vinda, Mel!
Obrigada pelas suas simpáticas palavras de apreciação em relação ao que vou deixando nestes meus espaços virtuais.
Espero poder visitá-la ainda esta noite.
O meu abraço, Mel de Carvalho!
A Idalina Pata traz o Alentejo no coração... e deixa que ele transborde em cada um dos seus poemas, Lídia...
Beijo!
Gostei do poema!
Sou já uma das seguidoras do blogue.
Se me der o prazer de seguir o "são", ficarei contente.
Um resto de bom fim de semana
Vou já visitá-la, São, obrigada.
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