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quinta-feira, 5 de setembro de 2013

SONETO AO PRODUTOR EXPLORADO II

(Em decassílabo heróico)

Sem agasalho, quando o frio lho pede,
Nem acessórios, quando necessários,
Não diz palavra em causa que não mede
Assim que os ventos “sopram” mais contrários

E se ergue o punho contra os “salafrários”,
Ou espuma as raivas que a razão concede,
É por ter mil razões contra os salários
Que só lhe compram fome e pagam sede!

Passa, invisível, sobre o dia-a-dia,
Vai, devagar, morrendo em contra-mão,
Arremedando a velha alegoria

Que, honrando a letra de uma melodia,
Em coro nasça de uma multidão
E saiba, erguida, impor-se à tirania…




Maria João Brito de Sousa – 03.09.2013 – 19.51h


Imagem do 25 de Abril de 1974 - Partido Comunista Português