
A próxima paragem será minha,
Não quero partilhá-la com ninguém…
Devolvo à terra o que da terra vem
E voo em negras asas de andorinha
Se, ao parar, a minha alma se encaminha
Para o que, aqui na Terra, `inda não tem,
Eu paro de vontade e vou por bem
Aonde me levar essa avezinha…
A minha ambiguidade funcional
Aponta-me o caminho e, afinal,
Ainda tenho tanto pr`a escrever…
Talvez seja depois, muito mais tarde,
Que me surja a paragem – Deus me guarde!
[eu sei lá quanto tempo irei viver!...]
Maria João Brito de Sousa