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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PUZZLE II



Devagar se vai longe, alto se voa,
De repente se encontra o já perdido,
Se ri, se grita “até que a voz nos doa”
[…e se esvai, gota a gota, o pretendido…]!

Quanto mais devagar, melhor se escoa
Vosso espanto [por todos desmentido…]
Nessa rua sombria aonde ecoa
Novo Dó musical, mal pressentido…

Longe ou perto se alcança o que, sem pressa,
Pelo amor, pela fé, pela promessa,
Mais se vai destacando entre os comuns

E o Puzzle, construído peça a peça,
Retomando funções, lá recomeça
[muito embora invisível para alguns…]!



Maria João Brito de Sousa

5 comentários:

Maria Luisa Adães disse...

Mª. João

Respondi no meu blogs ao teu comments.

Eu costumo admirar quem me conhece,
pois tenho uma faceta humanista.
O poema foi tirado de um livro meu,
publicado no ano 2000, de nome:
"Não Sei de Ti" (esgotado)

Me parece que por nosso mal, continua actualizado. O trouxe ao cimo pois se coaduna com os acontecimentos deste nosso tempo.

Obrigada por o teres entendido
e apreciado e se tu gostaste, é bom!

Há uma diferença enorme entre este livro e os outros poemas escritos.

É triste e não é romântico, mas é real!

Por vezes,saio do tal pedestal de
pés de barro e me lanço nua, na
realidade.

Que dizes de mim, poeta amiga?

Alguma vez me vão entender?

"Não Sei de Ti" é muito belo, humano e simples.

Obrigada,

Mª. luísa

Maria Luisa Adães disse...

"Puzzle II"

Gosto do teu Puzzle, do teu sentir que dança e canta quando escreve.
Gosto, sempre gostei!
Me sinto apressada quando te leio para acompanhar teu passo.
E não é fácil, pois o soneto corre em cadência ritmada.

Fica por um tempo no google.
Disseste a Manu que pertences a um determinado grupo poético e o convidas a visitar.
Porque não me convidas? Seria mais um passo, embora tu saibas, eu não acreditar em projecções futuras,
nem presentes.
Escrevo r talvez escreva bem, mas a
diferença que trago em mim - boa ou má - não fala de mim como eu gostaria.
E me coformo, inconformada!

beijos,

Mª. Luísa

Vitor disse...

Delicioso puzzle...com pequenotas deliciosas...transcritas de uma deliciosa forma...é o que se chama de um quadro perfeito.

Bj*

Maria João Brito de Sousa disse...

Valha-me Deus! Eu, aqui, nunca sei se estou, ou não, a responder directamente aos amigos... dá tanto jeitinho ter um link de resposta directa...
Sabes, amiga, eu nem sequer sou muito romântica, no sentido literário do termo... nem no outro sentido. Fui, em tempos, muitíssimo apaixonada, mas romântica... não. A minha forma de me relacionar com a Natureza é um tanto ou quanto selvagem. Está muito mais para um Wagner do que para um Chopin, para te arranjar uma comparação... mas eu até tenho algum receio de ser mal interpretada. Este "selvagem" oscila entre a inocência e a procura científica, não me vejas como uma selvagem guerreira!
É natural que a nossa poesia vá sofrendo as influências do tempo sobre a nossa maturação. Nós não o notamos tanto quanto um leitor atento, exterior a nós, mas também notamos... olha, eu estou mesmo "desinspirada" de todo! Nem sequer encontro forma de dizer exactamente aquilo que quer... isto está tristíssimo! Dói-me muito o peito e a cabeça e só me apetecia tomar mais um comprimido de paracetamol... mas vou ter de esperar mais uma ou duas horas para não me intoxicar. Vejo senhoras tomarem comprimidos analgésicos uns atrás dos outros, sem perceberem que se estão a suicidar. O pior é que não acreditam quando eu lhes explico o que é a metabolização de um químico e como isso pode ser grave para o fígado e os rins. Aquela enorme quantidade de anestésicos vai-lhes minando a função renal sem que dêem por isso e sem que aceitem os avisos do médico e de quem conhece um pouco sobre o assunto... são verdadeiras suicidas, sem se aperceberem disso.
Um abraço grande e desculpa esta verborreia toda!

Unknown disse...

Olá amiga Maria J. B. Sousa. Tu constituis a minha maior admiração, porque tu como poeta estás cada vez mais rodada, e por isso os teus poemas aumentam substancialmente de categoria. Eu só depois de ler este pusle II duas ou três vezes, consegui digeri-lo Tal foi o prazer que senti ao lê-lo. Adorei parabéns e obrigado.
Um forte abraço deste amigo Eduardo.