sexta-feira, 17 de junho de 2011
POR MAIS QUE...
Por mais que o sol se ponha, devagar,
Por mais que a estrela-d’alva me sorria,
Por mais que a lua venha iluminar
Aquilo que sobrou de mais um dia,
Por mais noite que sobre e o inundar
Da conturbada luz que me alumia
Me inspire ou mesmo tente interpelar…
Por mais que isso aconteça, eu quereria
A mesma rapidez do dedilhar
Que a mão, descontrolada, me assumia
E aquele embriagante não parar,
Para nem duvidar do que sentia,
Na galvânica pressa de acabar
O que nem começado `inda estaria…
Maria João Brito de Sousa – 16.06.2011 – 20.04h
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13 comentários:
“Próxima saída”
A maioria silenciosa
Fez um enorme alarido
A minoria ficou receosa
Nem soltou um gemido
Terminada a algazarra
A minoria veio espreitar
Por terra jazia uma guitarra
A maioria fora-se deitar
Ainda acordada a minoria
Ao dedilhar aquelas cordas
Compôs um hino à utopia
Vem maioria junta-te a nós
Se cantarmos a uma só voz
Futuro não teremos atroz.
Caramba! Iria jurar que já lhe tinha respondido daqui, do Pequenas Utopias... mas o melhor é eu não jurar nada! Ando tão atrapalhada que já nem me lembro do que tenho para fazer...
Mas ainda vou ao Prof Eta! :)
Abraço gde!
“O amanhã”
Tenho saudades do amanhã
Que uma pandemia nos trará
Venha o ataque cibernético já
Uma crise financeira será vã
Mas o futuro não poderá ceder
Vem conflito social e de ética
Vem tempestade geomagnética
Os terrenos baldios irão arder
Colheita de milho vai perecer
Com tudo isto a fome aperta
Leiam o Génesis pr’a perceber
Futuro já anda por parte incerta
Uma das partes está-se a desfazer
A solução será o rápido alerta.
"Por Mais Que"
É um soneto bem estranho!
Belo na forma como se expressa,
mas tenho uma certa dificuldade
em chegar ao âmago, sem me enganar.
Quanto ao "Blessed" não te enganas,
é Teatro!
Um abraço,
Maria Luísa
“Os vegetais”
Ai de mim se não fôr eu
Ex-líbris da solidariedade
Nesta decadente sociedade
Mas esta sociedade morreu
Morte cerebral foi decretada
Às máquinas estava ligada
No seu córtex não fluía nada
A sociedade já foi enterrada
Ficou apenas um grupo d’elite
Eleito entre os mais iluminados
São os que mostram resultados
Aos outros apenas se permite
Que vegetem, pobres coitados
E contribuam com uns trocados.
“Digestão difícil”
Gasóleo desce pr’á semana
O peso na consciência não
Mas que situação desumana
Sobe o preço do leite e pão
Neste sobe e desce infernal
Poupa cêntimo quem passeia
Já para a alimentação matinal
Rouba-se um pouco da ceia
Estômago entrou em recessão
Mas compreende a austeridade
Agência de rating é impiedosa
E baixou o rating da digestão
Que pr’a cumprir a actividade
Se faz de forma mais vagarosa.
“Eurito”
Nós podemos sair do euro
A seguir criamos o eurito
Uma moeda do pobrezito
Alguém aqui é esquisito?
Então vamos lá concretizar
Esta ideia única e sem par
Que eu já ouvi pr’aí falar
Qu’esta Europa vai acabar
Com os euritos na algibeira
Queira o pobre ou não queira
Havemos de arranjar maneira
De lhe dar a justa valorização
Trabalharemos até mais não
E só consumimos cá da nação.
“Godnomics”
Esta depressão que nos anima
Nestes tempos tão materialistas
Os seres humanos dão nas vistas
E diferença pr’o robot é mínima
É certo que um robot deprimido
Não se anima como o ser humano
Ele permanece triste e inumano
Mesmo que tome o comprimido
Ao humano basta a pastilha tomar
Para que o caso mude de figura
Como resultado da transformação
Em absoluto passa a acreditar
No Deus da economia que perdura
Ele que indicará a via da redenção.
“Sete anos de azar”
Verdade de Passos Coelho
Mentira de Sócrates iguala
Tudo se baseia no espelho
Que a todos nós apunhala
Os que se propõem governar
Ao mirar prometem o mundo
Mas depois do voto apanhar
Cavam o buraco mais fundo
Vamos o espelho quebrar
Teremos azar por sete anos
Mas quando o azar terminar
Terminarão nossos enganos
Quem vier a seguir e olhar
Verá já não somos soberanos.
Te permito!
Que rompas cadenas
que siempre jazmines bajo tu ventana.
E os meus gatos, são na realidade, Teatro!
Um abraço,
Maria Luísa
Valha-me Deus! Eu nem sabia que tinha tantos comentários neste post!
Tenho andado repartida entre o Facebook e a caixa de correio sobrelotada... uma coisa, porém, é certa;
Não eliminei nenhum comentário porque isso vai contra a minha maneira de estar na vida. Entendido? Agora... quem foi que eliminou um comentário da minha supostamente PESSOAL caixinha de comentários???
Por mais e mais, ainda assim somos o que somos e seremos.
Abraços minha linda.
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