quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
O POEMA NOSSO DE CADA DIA
Sei-o só porque o sei e mais não digo
Que a estrofe, irredutível, se me impõe
Na estranha convicção que me propõe
E também na desculpa em que me abrigo…
Sei-o, assim, como a terra sabe o trigo
Nessa complexidade que o compõe,
Tal como a razão trai se pressupõe,
Em cada nova rima, um rasto antigo…
Sei-o de outro saber que é muito meu
A que chamo “poema” e se esqueceu
De se documentar, de ter razões
Mas, por mais que o descreva, apenas eu
Terei sentido o quanto me prendeu
Aos versos que me cobrem de ilusões…
Maria João Brito de Sousa – 21.02.2012 – 19.07h
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2 comentários:
E que bem me sabe teu pão...
Muito obrigada, amigo Rogério! :D
Abraço grande!
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