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quarta-feira, 15 de maio de 2013

SEI DE UM TEMPO...


(Soneto em verso eneassilábico)





Sei de um tempo em que as horas sorriam

Transmutando os seus ramos caídos

Pelo peso das flores que nasciam

Das sementes dos cinco sentidos



No reflexo da cor que exibiam

E, ao torná-los em rifles floridos,

Nesse apelo que as flores emitiam,

Davam fruto entre os seres já nascidos…



Sei de um tempo que um dia acordou

De uma noite de medo e cantou

Como as aves que lavram caminhos



No mesmíssimo tempo em que “eu sou”

Neste pouco de Abril que sobrou

Da voragem de uns seres mais mesquinhos…


Maria João Brito de Sousa – 06.05.2013 – 11.24h

NOTA – Revoltemo-nos, porra!

10 comentários:

Rogério G.V. Pereira disse...

Neste pouco de Abril que sobrou
Da voragem de uns seres mais mesquinhos…

...há espaço para a revolta, que volta. Revoltemo-nos, porra!

Maria João Brito de Sousa disse...

Nunca tivemos tantas razões para o fazer!

Abraço, Rogério!

Mar Arável disse...

Na verdade

não basta ter razão

Bj

Maria João Brito de Sousa disse...

Não, desta vez não basta ter razão, Mar Arável.

Abraço!

Manuel Veiga disse...

junto a minha à tua voz. e à tua revolta.

sou desse tempo, porra!

Maria João Brito de Sousa disse...

Eheheheh... Heretico; velhotes mas orgulhosos de termos passado por ELA, a Revolução!

Abraço!

São disse...

Esperemos que tenhamos força para defender Abril das forças que o querem esmagar!

Beijinhos, esperando que já esteja melhor de saúde, minha amiga.

Maria João Brito de Sousa disse...

Esperemos que sim, São! Nada está a ser fácil!


Abraço!

Nilson Barcelli disse...

Esse tempo está a ficar cada vez mais distante e temo que a nossa geração já não o possa viver mais...
Mas grito contigo: Revoltemo-nos, pôrra...!!!
Mais um excelente soneto. És brilhante.
Bom domingo e boa semana, querida amiga Maria João.
Beijo.

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada, Nilson. Sem dúvida a nossa geração está a viver tempos difíceis.


O meu abraço!