quarta-feira, 9 de novembro de 2011
UM POENTE DIFERENTE, À BEIRA TEJO - Cavalo desenhado a ferro e fogo
Quis falar do Mondego e, na verdade,
É da foz do meu Tejo que vos falo
E cresce cá por dentro a voz que calo
E conta das saudades sem saudade
Solta-se o sonho oblíquo à claridade
E a linha de horizonte é um cavalo
Que não sei se lá está, se imaginá-lo
É lapso de memória ou se é vontade…
Galopa o meu poente à beira Tejo
Rumo a essas lonjuras que nem vejo
Por estarem tão além do meu futuro
Sobra então, do sonhado, o claro espanto
Do cavalo-solar que aqui levanto
E rasga, a ferro e fogo, um céu já escuro!
Maria João Brito de Sousa – 01.11.2011 – 16.00h
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6 comentários:
E foi assim que, embalado no trote de tão belo e alado cavalo, me deixei embalar nas ondas deste Tejo que aqui nos deixou a poetisa.
Tendo inclusivé saido barra fora, vendo agora, atrás e já ao longe, apenas a silhueta dum distante Bugio.
Fui.
... entretanto...
todos os rios correm para o mar
do ventre até à foz
:) Olá, Eduardo Miguel! Boa viagem e um abraço grande!
Todos, Mar Arável. Entretanto, naveguei até aí, mas tive um duplo obstáculo a consumir-me as palavras;
1 - o link dos comments não abriu
2 - estou com uma dificuldade crescente em comentar os bons poemas e aqueles eram bons poemas
Abraço! :)
Galopam nossos poentes à beira Tejo...
Um abraço da cor daquele que tu me deixaste
(vermelho, pois claro)
Excelente soneto.
Fiquei maravilhado.
Querida amiga Maria João, tem um bom fim de semana.
Beijos.
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