sábado, 31 de dezembro de 2011
A DEMISSÃO DA PALAVRA
Brotaram, de repente, absurdos gritos
Do eixo da palavra atormentada
Onde os sintomas – todos - são malditos
Prenúncios de revolta estrangulada
À digestão dos ecos mais aflitos
Por excessos duma ceia inesperada,
Somaram-se, por fim, dois sonhos fritos
À privação geral… mas consolada!
A vocalização desconstruiu-se
Na absurda convergência da partida,
E pouco a pouco, a chama consumiu-se
No pavio dessa rima destruída
[a palavra, essa, ergueu-se e demitiu-se
da principal função da sua vida…]
Maria João Brito de Sousa – 25.12.2011 – 22.55h
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