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segunda-feira, 13 de setembro de 2010

O LOUCO, O ENIGMA E A ESPERA




… e ria-se das coisas que não tinha
Esquecido, já, das coisas que tivera.
Nas noites de luar, descia à vinha
Para se resolver nos braços de Hera.

Nas galhas da videira se entretinha
Tão nu como se a própria Primavera
Só à nudez legasse uma adivinha
Qual enigma infindável, sempre à espera…

Se chovia ficava num desnorte…
Escorria-lhe o enigma encosta abaixo,
Turbava-se-lhe a noite em desespero

E, louco, maldizendo a sua sorte,
Sentava-se nas rochas, cabisbaixo,
Esperando, exactamente como eu espero.


Maria João Brito de Sousa


IMAGEM RETIRADA DA INTERNET

8 comentários:

Valquíria Calado disse...

Olá,linda semana, bjos

O amor não faz mal ao próximo. De sorte que o cumprimento da lei é o amor.
E isto digo, conhecendo o tempo, que já é hora de despertarmos do sono; porque a nossa salvação está agora mais perto de nós do que quando aceitamos a fé.Romanos.


O AMOR AO PRÓXIMO -
O amor não é Eros, que sempre cobiça, mas Ágape, que jamais acabará.
A novidade, a originalidade do amor é ele não participar do círculo vicioso
que vai do mal ao mal e da reação à revolução.


O amor é “justiça equalizadora eterna” (Kierkegaard),
porque a ninguém justifica segundo o próprio desejo;
O amor edifica a comunidade porque unicamente procura comunhão;
O amor nada espera porque já atingiu o alvo;
nada procura, porque já encontrou;nada quer porquanto já realizou;
nada pergunta, pois já sabe;
não luta porque já venceu.
O amor não contradiz e, por isso, não pode ser refutado;
não concorre e, portanto, não é vencido;
não busca decisão e, conseqüentemente, ele próprio é a decisão.


O amor destrói os ídolos
porque não cria outros.

Karl Barth

Unknown disse...

Olá minha querida e doce amiga M. J. B. Sousa. A poetisa. É com um prazer sem medida que vou não comentar-te. Prefiro ficar-me pelo relato da minha grande alegria, por te encontrar, e poder visitar doravante, e dizer-te quanto te admiro. Como mulher, e como poeta. Desejo-te que para nosso bem daqui por muitos anos ainda nos encontremos por aqui. Como disse o grande A. Feio. A gente vê-se por aí. Um grande abraço. Eduardo.

Maria João Brito de Sousa disse...

Meu amigo Eduardo, estive no teu blog e foi-me impossível comentar, por isso aqui fica o que tentei dizer-te:

Se é verdade que fiquei contente por te encontrar deste lado, não é menos verdade que o teu nick me deixou triste... ou não deveria?
Deixo-te um abraço grande, daqueles que eu dava antes de me invadirem a casa e eu ter ficado acompanhada e tristíssima...

M. João

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada Hanukká. Estou com alguma dificuldade em ir aos blogs dos amigos.
Abraço grande!

Vitor disse...

De louco todos temos um pouco...e nutri um especial carinho por este ...gostei,e muito!

Bj*

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada, Vitor. Peço desculpa por só agora agradecer, mas estou mesmo com muitas dificuldades em termos físicos
e tendo a ir sempre primeiro aos blogs do Sapo...
Abraço grande!

Maria Luisa Adães disse...

Olá Mª. João

Folgo em encontrar-te deste lado do mundo virtual com um poema triste, melancólico, mas a meu gosto.

Também encontrei o Eduardo e me admirei. Lhe vou escrever!

Talvez este seja o teu próximo caminho - e não é?

Beijos e melhoras

M. L.

Maria João Brito de Sousa disse...

Desculpa só agora te agradecer o comment, Maria Luísa. As coisas não estão muito boas, eu sou mais lenta e tendo a dispersar-me mais... e cada vez mais, porque tenho muitos sítios onde escrever todos os dias.
Um enorme abraço e que a tua coluna te possa dar descanso!