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sexta-feira, 15 de julho de 2011

O SEM NOME


Um homem que tem nome e não tem nome

Numa terra qualquer, que não é sua,

Nuns dias a comer, noutros, com fome,

Esmolando o dia-a-dia em cada rua,



Numa busca incessante, que o consome,

Que o faz ser quem não é, que o desvirtua,

Que o leva a não saber que rumo tome

Na estrada que a miséria tornou crua…



Esse homem que partiu, talvez não volte…

Talvez essa miséria nunca o solte,

Talvez a fome o leve um destes dias,



Talvez seja mais um dos que, à partida,

Arriscaram – quem sabe? – a própria vida

Por causa do tal excesso em que vivias…






Maria João Brito de Sousa

16 comentários:

Nilson Barcelli disse...

Excelente poema.
Gostei muito do teu soneto.
Bom fim de semana.
Beijo.

Garrochinho disse...

maravilhoso !
António Garrochinho

Vitor disse...

Estive ausente por isto e aquilo,mas sempre com o pensamento do que bom iria ler quando regressasse...e claro,só podia,poema e sonetos com ou sem nome,mas sempre de elevadíssima estirpe!

Beijinho

Prof Eta disse...

“Que stress”

Os festivais de Verão
Esgotaram a lotação
Por causa da crise, não?
Sim, é pr’abanar o melão

Que o melão abanado
Acaba menos fatigado
Não são festivais de fado
São de rock bem pesado

Que o pessoal enrascado
Curte lá um bom bocado
Esquece o ano stressante

Daquela busca incessante
Pelo job bem remunerado
Onde se trabalhe sentado.

Maria João Brito de Sousa disse...

Olá, N. Barcelli! Obrigada e desculpa-me por não te ter visitado nestes últimos tempos... cada vez tenho mais coisas espalhadas por aí e menos tempo para as manter minimamente actualizadas...
Abraço grande!

Maria João Brito de Sousa disse...

Olá, António! Obrigada e até à vitória sempre :)
Abraço grande!

Maria João Brito de Sousa disse...

Vitor! Também pensei em si neste fim de semana. Não o diria se não fosse verdade! Não fiquei muito contente comigo mesma quando me lembrei de si porque sei que não o visito há imenso tempo... desculpe-me. Acho que acabei por espalhar os meus poemas por mais sítios do que aqueles que consigo visitar...
Abraço grande!

Maria João Brito de Sousa disse...

Olá, Prof Eta! Eu já lhe disse que gosto imenso deste seu nick? Sempre tive um fraquinho por nicks criativos e originais...
Até já!

Sonhadora (Rosa Maria) disse...

Passei e gostei do que li e tomei a liberdade de seguir para voltar mais vezes.

Um beijinho
Sonhadora

Prof Eta disse...

“O faraó”

Vamos todos ao festival
Com o espírito de outrora
Que ninguém venha embora
Sem uma solução radical

Que a ditadura económica
Está a fazer-nos passar mal
Que então nasça nesse local
Uma solução faraónica

Na pirâmide que aí nascer
Façam sepultar o capital…
Parem já, não pode ser

Como iremos sobreviver
Sem ir ao centro comercial
Após o dinheiro morrer?

O Prof Eta, não ensina nada a ninguém, nem profetiza nada, nem é membro da Eta, isto só para que conste.

Maria João Brito de Sousa disse...

Olá, Sonhadora!
Seja muito bem-vinda :) Vou tentar manter uma publicação mais constante, neste blog.
Abraço grande!

Evanir disse...

Estamos distantes e ao mesmo tempo tão perto..
A amizade
que nos une pode vencer todas as distâncias.
Ela sim é mais forte que o tempo.
No decorrer da nossa existencia se vacilamos
em alguma coisa.
Seus verdadeiros amigos estão ali sempre
a seu lado mesmo se o Mundo conspire
contra você.
Hoje quero deixar um abraço através dessa telinha e dizer
te amo linda amizade por tudo que representa na minha vida.
Um beijo carinhoso,Evanir.

Antonio Porpetta disse...

Gracias por tu gentil comentario, Maria Joao.
Tus sonetos son bellísimos, además de perfectos. Felicidades!
Y un beso desde Madrid.

Prof Eta disse...

“Godnomics”

Esta depressão que nos anima
Nestes tempos tão materialistas
Os seres humanos dão nas vistas
E diferença pr’o robot é mínima

É certo que um robot deprimido
Não se anima como o ser humano
Ele permanece triste e inumano
Mesmo que tome o comprimido

Ao humano basta a pastilha tomar
Para que o caso mude de figura
Como resultado da transformação

Em absoluto passa a acreditar
No Deus da economia que perdura
Ele que indicará a via da redenção.

Maria João Brito de Sousa disse...

Gracias, Poeta Antonio Porpetta! Me ha distinguido muchísimo com su visita y su comentario.
Un abrazo desde éste cantito cercano del Tejo e del Atlántico; Oeiras! :)

Maria João Brito de Sousa disse...

Evanir, muito obrigada pelas suas poéticas palavras! Um enorme abraço para si, mesmo longe! :)