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quinta-feira, 4 de agosto de 2011

QUE POSSO EU?


Que posso contra a força da consciência

Se ela me eleva a mão, me exalta a voz,

Se se me impõe além do que é prudência

E lança ao mar na casca de uma noz?



Eu nada posso, ó clara transparência,

E entrego-te este leme quando, a sós,

Confio – quem o sabe? – na clemência

Daqueles que chegarão depois de nós…



Se pedes muito mais que o evidente,

Se assim vais empurrando, sempre em frente,

A vaga das palavras que aqui escrevo,



Se, estando em mim, tu és de tanta gente…

Como posso negar-te o meu presente

Que lega no futuro o sal que eu devo?










Maria João Brito de Sousa – 03.08.2011 – 20.18h

7 comentários:

Prof Eta disse...

“Descartáveis”

O amanhã faz-nos caminhar
O ontem é que nos empurrou
O hoje quase que nos matou
Futuro haveremos de abraçar

Ele existem futuros e futuros
Alguns tudo têm nada sentem
Os que nada têm não mentem
Levam empurrões muito duros

Assim os audazes são forjados
Por força de muito cambalear
São por certo mais capacitados

Mas apontados por questionar
Na sociedade de pré formatados
Serão certamente para descartar.

Maria Luisa Adães disse...

Tudo podes continuar a fazer...

É uma missão Sagrada!

Maria Luísa

Maria João Brito de Sousa disse...

Prof Eta, já estou naquela fase em que vejo as letras a duplicar e as linhas a sobrepor-se umas às outras... não consigo responder-lhe em verso :(
Abraço grande e muito obrigada! :)

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada pelo teu apoio, Maria Luísa. Acredito que o trabalho de todos os artistas tem qualquer coisa de sagrado. Estou quase a dormir mas, amanhã, visito-te sem falta!
Abraço grande!

Maria João Brito de Sousa disse...

Boa noite, amigo Magno Oliveira do FOLHETIM CULTURAL! Muito obrigada pela visita!
Passei pelo seu blog mas, a esta hora, já mal consigo ler... voltarei sem falta!
Um abraço!

José Carlos Moutinho disse...

Gosto da tua poesia...bela e profunda.

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada, amigo José Carlos! :)
Abraço grande!