segunda-feira, 17 de outubro de 2011
UM TUMULTO A SUBIR DAS PROFUNDEZAS
Hoje, nem bem, nem mal, nem coisa alguma…
Nem o silêncio impôs a reflexão,
Nem sussurros vieram dizer não
Às minhas mãos cerradas como bruma
Dispersava-se a onda nesta espuma
Como se ao ser negada uma razão
Tudo se reduzisse à dimensão
Das batalhas perdidas, uma a uma…
Hoje… nem bem, nem mal! Ninguém diria
Que ontem saiu à rua a rebeldia
Vestida com as cores de mil certezas
Porque hoje, ao acordar, nada se ouvia…
[mas, prestando atenção, bem se sentia
um tumulto a subir das profundezas…]
Maria João Brito de Sousa - 16.10.2011
Imagem retirada da Internet, via Google
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