Cá vou eu, num pranto infindo,
Chegando, chegando enfim,
Ao final de um sonho lindo
Que outro Abril criou pr`a mim…
2
Lá vou eu, já estou sentindo
Que o país se está perdendo
Se, nisto, for persistindo!
3
Ó servilismo letal
Que em roxas névoas te traças,
Vai-te deste Portugal!
4
Crer é querer quando enfrentamos
A astúcia dos nossos amos
Com lucidez, mas com “raça”!
5
Erga-se a voz conturbada
De um povo que se agiganta,
Sopre, ao vento, a bruta infâmia
Dos que, não fazendo nada,
A tornaram permitida
E, com ela, como insânia,
Gente que nunca quebranta,
População revoltada
Por milhares constituída,
Sublevação pela vida!!!
6
Que seja nossa divisa
O que a gente já não tem
Quando, assim, desde as raízes,
Nos tornam gente indecisa
Que é tratada com desdém!
Haja força que nos faça
Lutar pr`a sermos felizes!
7
Crer é querer quando enfrentamos
A astúcia dos nossos amos
Com lucidez, mas com “raça”!!!
Maria João Brito de Sousa – 08.04.2014 – 15.08h
NOTA – Toda a construção formal do poema original foi respeitada,
incluindo a métrica e a divisão silábica, bem como o esquema rimático.
16 comentários:
Abril
uma flor inacabada
Bjs
Inacabada, mas sempre pronta a reflorescer, Mar Arável!
Vou aí!
a subversão da ordem velha. para abrir a esperança nova.
excelente exercício poético
beijo
É a resposta, sem ordens, a dar a quem nos peça ainda mais paciência, Heretico.
Às vezes faço as coisas depressa demais, nem sempre nas melhores circunstâncias... sei que poderia tê-lo burilado um pouco, mas...
Abraço!
Em Abril
que vivam os cravos
Que vivam Abril e os seus ideais, Puma!
Abraço!
Boa resposta! Desformatar o formato, respeitando a forma.
Um beijo
Obrigada, Lídia! Também me pareceu, mas foi um processo muito rápido, este...
Vou até à Seara!
Adorei a resposta da "portuguesa pobre"...
Mas tu és rica, pelo menos na qualidade com que fazes poesia.
Resumindo, fizeste uma excelente resposta.
O meu último poema também está relacionado com a revolução de 74. Mas acho que quase ninguém percebeu...
Maria João, minha querida amiga, tem um bom domingo e uma boa semana.
Beijo.
Obrigada, Nilson! Vou ver o que me diz o teu último poema!:)
Abraço!
É sempre de um grande rigor formal e semeia ideias amadurecidas!
Beijinho de boa noite.
Abril , agora e sempre||
Grande abraço, Maria João.
:) Agora e sempre, São!
Abraço!!!
Lovely post
THANK YOU, RAJANI REHANA.
I`M NOW PUBLISHING IN POETAPORKEDEUSKER.BLOGS.SAPO.PT
Sempre um cravo vermelho, para o povo liberdade para fugir à cinzenta sobrevivência, e dos buracos do silêncio, infelizmente não chegou o sacrifício de alguns, mas a luta continua. Amiga quero agradecer-te teres-te lembrado de mim, quero igualmente desejar-te um Bom Natal, com saúde e paz.(não é época que me diga muito), mas é o que desejo para a todos, oxalá todo o Mundo tivesse em paz, mas tornou-se um inferno.
Um grande abraço
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