sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
GUARDAR AS LUAS
Todos os dias
as mãos se lhe enchiam
de luas e pães
comprados no café da esquina...
Eles, os pães,
porque as luas lhe nasciam
das asas dos pássaros
quando se demoravam
sobre as reflexões
e dos olhos
dos que se cansavam
de entender
Eram luas e pães multiplicados
pela soma das ausências,
mas eram
e ninguém negaria
a solidez da sua inexistência...
Maria João Brito de Sousa - 07.01.2011 - 16.25h
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7 comentários:
Que boas Luas a guardem...iluminando-a nessa sua inspiração!
Bj*
:) Obrigada, Vítor! Acho que vou precisar mesmo muito delas, sobretudo a partir de agora. Nem tudo está a ser fácil... melhor dizendo, nada está a ser fácil...
Abraço gde!
Maria joão
Tu viste a minha Ilha, mas a tua atenção, neste tempo, está toda concentrada no teu trabalho.
Temos de aceitar, tu deitas-te com essa idéia, levantas-te com ela e
vives o dia a pensar nela.
Possa eu vir a usufruir desse ensinamento que vem do trabalho a fazer.
Mas este poema é muito simbólico
e profundo e não é inferior aos sonetos.
Mas acima de tudo, tu és "Uma Sonetista".
No soneto é que te encontra inteira, limpida e livre.
Muito bom
Desculpa-me por não te ter ainda respondido, Maria Luísa!
Mas tu já respondeste a tua própria pergunta... este poema pode não ser mau de todo, mas a minha relação com o soneto é muito mais constante... os outros poemas nascem-me aleatoriamente e não mais do que nascem a qualquer pessoa... bem, qualquer pessoa que os escreva, claro!
Abraço grande, Maria Luísa!
Lindas essas luas, mas também sei que nada está fácil e quanto o lamento.
E nada posso dizer numa situação dessas!
Que venha o que esperas e alguém ajude a resolver o problema de quem nada tem!
Mª. Luísa
un abrazo grande para ti,
Caramba! O Pruno veio até ao Pekenasutopias e eu estou a sentir-me muito honrada pela sua visita!
Pruno, eu sei que os gatos, quando são amigos, são-no muito profundamente! Muito obrigada pela tua visita!
Um grande abraço de uma humana com muita vocação para gato! :)
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