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sexta-feira, 16 de julho de 2010

FASES DA LUA




Abreviei-me, enfim, em lua-nova,
No solitário azul deste meu céu...
No sonho que o estar-só me prometeu
Olhei o Universo e pus-me à prova...

À prova de mim mesma, do cansaço,
Das coisas que magoam luas-cheias
Neste palco lunar das mil ideias
Preenchendo lacunas de outro abraço...

Abreviada, já nem sou visível
E transformo em luar cada impossível
Numa constelação pré-fabricada...

Mas muda o tempo as fases de uma lua
E assim, despida, eu fico de alma nua...
Quem imagina a lua envergonhada?

2 comentários:

vieira calado disse...

Um soneto moderno

livre

mas bem construído!

Saudações poéticas

Maria João Brito de Sousa disse...

Obrigada, meu amigo.
Ainda tenho alguma dificuldade em editar os posts aqui, no Blogspot, mas vou tentar publicar outro ainda hoje.
Abraço.