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segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A CONQUISTA DA FLOR PELA SEMENTE





Lá longe
Ecoa, indómito,
O meu grito,
Fonética estelar
Que eu dignifico
Num jogo universal que não domino

Eu desafio,
Mais do que o razoável
E seguro
Nas letras a que já perdi a conta
Das mil canções que crio e nem procuro

Tudo isto eu devo
E nada mais me move
Ou me norteia
Senão a mesma força que promove
A devoção lunar de uma alcateia

E, sobretudo,
Eu sou,
Como os demais,
Palco e passagem
Dos mil ilusionismos geniais
De uma vontade só, que é divergente,
Qual átomo lançado na voragem
Da conquista da flor pela semente!




Ao lobo que mora em cada um de nós


Maria João Brito de Sousa – 14.11.2010 – 18.19h


2 comentários:

Nilson Barcelli disse...

"Tudo isto eu devo
E nada mais me move
Ou me norteia
Senão a mesma força que promove
A devoção lunar de uma alcateia"
És uma poetisa genial.
A tua poesia é da melhor que tenho visto nos blogues.
Escreve muito, não páres...
Boa semana.
Beijo.

Maria João Brito de Sousa disse...

Desculpa, Nilson! Não tenho conseguido vir ao Pekenasutopias!
Obrigada pelas tuas palavras e um abraço grande!