segunda-feira, 9 de agosto de 2010
POUCA-TERRA, TANTO-TEJO...
“Pouca-terra, pouca-terra”…
Tanta terra falta ainda,
Tanto rio por navegar,
Tanto cume de alta serra,
Tanto trilho que não finda,
Tanta estrada e tanto mar!
E, do comboio que passa,
“Pouca-terra, muita-pressa”,
Na melopeia de infância,
Não pressinto uma ameaça…
Quero ver que terra é essa,
Quero medir-lhe a distância!
“Pouca-terra” – mais que fosse! –
Quanta improvável lonjura
Nesse meu olhar que fica…
Tanta gente amarga e doce
Nessa terrena procura
A que o mundo se dedica…
“Pouca-terra”… e, afinal,
Tanto, ainda por cumprir
Nesse mundo que então vejo…
Pouca terra? Não faz mal,
Muito mais terra há-de vir!
[pouca terra e tanto Tejo…]
Maria João Brito de Sousa – 08.08.2010 – 15.35h
Aos comboios da “Linha do Estoril”, sempre presentes, desde os primórdios da minha infância.
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2 comentários:
Olá querida, e a espera e a esperança prossegue, bjos.
Convido-a a conhecer meus espaços, talves de agrade de um
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Obrigada, Valvesta. Vou tentar visitá-los ainda hoje!
Abraço!
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